Além da professora e seis crianças mortas, 27 pessoas ficaram feridas; o vigia também morreu
Um incêndio criminoso no Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, no bairro Rio Novo, em Janaúba, distante cerca de 135 km de Montes Claros, na região Norte de Minas, deixou pelo menos oito mortos e 27 feridos na manhã desta quinta-feira (5).
06.10.2017
JANAÚBA - Sobe para seis o número de crianças mortas na tragédia em Janaúba, no Norte de Minas, provocada pelo vigia Damião Soares dos Santos, do centro infantil Gente Inocente, que ateou fogo em várias crianças, funcionários e ao próprio corpo. Além dos três meninos e uma menina que haviam falecido ainda no local, não resistiram às queimaduras Renan Nicolas dos Santos Silva, de 6 anos, que estava com 90% do corpo queimado, e Cecília Davina Gonçalves Dias, de 4 anos, que teve 80% do corpo atingido pelas chamas. Eles morreram a caminho de Belo Horizonte, quando eram transferidos de helicóptero para o Hospital de Pronto-socorro XXIII. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.A repercussão da tragédia em Minas e no Mundo |
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Janaúba, Damião chegou à creche com uma mochila rosa nas costas. Ao tocar a campainha, funcionários teriam achado estranho a presença do vigia fora do horário de trabalho, mas ele teria dito que iria entregar um atestado médico à direção da unidade.
Ainda segundo a assessoria, Damião levava na bolsa um líquido inflamável, possivelmente álcool ou gasolina, que usou para atear fogo no próprio corpo. Funcionários informaram ainda que ele abraçou crianças que também começaram a ter os corpos incendiados. A sala onde os alunos estavam tem grades na janela e teto de PVC, uma espécie de material plástico, também inflamável.
Os primeiros levantamentos da Polícia Civil para tentar desvendar o ataque contra a creche Gente Inocente, em Janaúba, na Região Norte de Minas Gerais, nesta quinta-feira, mostram que o crime foi premeditado. Galões de combustíveis foram encontrados na casa do vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos. Segundo a corporação, era portador de doenças mentais e obcecado por crianças. Ele também pode ter escolhido a data, pois o pai do funcionário morreu exatamente há três anos. Por isso, avisou aos familiares que ''daria um presente a todos, se matando em breve''.
Com a colaboração dos Jornais Estado de Minas e OTempo.
Além da professora e seis crianças mortas, 27 pessoas ficaram feridas; o vigia também morreu
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