Para Cisvales, falta de repasse inviabiliza regionalização do Samu
31.05.2017
IPATINGA - A
implantação do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para todos os
municípios do colar metropolitano do Vale do Aço só não ocorreu ainda por falta
de repasses dos governos estadual e federal, segundo o presidente do Consórcio
Intermunicipal de Saúde dos Vales (Cisvales), o prefeito de Ipatinga Sebastião
Quintão.
A afirmação foi feita
durante audiência pública na Câmara, nesta terça-feira (30), de autoria do
vereador Wanderson Gandra, que tratou sobre a regionalização e estrutura do
Samu. Atualmente, somente Ipatinga oferece serviço de atendimento médico móvel.
Outros 34 municípios que compõem as três microrregiões do Cisvale ainda estão à
espera da cobertura do Samu.
Quintão disse que já
se reuniu com o secretário estadual de saúde para tratar o tema e ouviu que o
governo não tem recurso para tocar adiante o projeto. O prefeito disse que sentiu
uma falta de interesse por parte do governo estadual. “Um desinteresse total, quase um desprezo
para implantação do Cisvale”.
O
convênio entre governo estadual e o Cisvales foi celebrado em 2015, com o valor
prometido de quase R$ 4 milhões, destinados para a compra de equipamentos,
insumos e também para a captação dos profissionais aprovados no processo
seletivo. Cerca de 200 aprovados ainda esperam pela convocação.
Quintão afirmou
também que já solicitou reunião com o ministro da saúde para entender o
posicionamento do governo federal.
O funcionamento do
Samu depende de contrapartidas dos três entes federativos: federal, estadual e
municipal. Somente Ipatinga recebe regularmente esses repasses. Para expandir
esse serviço aos demais municípios da região metropolitana, é necessária a
participação dos três entes. Quintão garantiu que os prefeitos são favoráveis à
expansão. A vereadora Lene Teixeira reforçou o interesse regional pela
expansão. A vereadora Cassinha também se dispôs pelo projeto.
Wanderson Gandra
lamenta que a falta de cobertura do Samu aos municípios vizinhos prejudica até
mesmo bairros próximos a Ipatinga, como Cidade Nova, Parque Caravelas, Industrial
e Amaro Lanari.
“Se
alguém precisar de atendimento rápido nesses bairros, por exemplo, o que é bem
perto, a pessoa ficará desamparada e não receberá o atendimento do Samu, pelo
fato do não pertencerem a Ipatinga ”, disse Gandra.
Para Cisvales, falta de repasse inviabiliza regionalização do Samu
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