Pagamento da taxa de esgoto não livra moradores de Timóteo do convívio com a merda

29.09.2017

TIMÓTEO – O córrego Timóteo continua gerando um desconforto muito grande para os moradores das Avenidas Jorge Dias Duarte, Uruguai e São João, na Regional Sul da cidade. O que já era ruim piorou com as intervenções de uma empreiteira da Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais – Copasa, voltadas para a canalização do esgoto, no leito do Ribeirão. 

Conforme registro dos moradores, a presença de máquinas pesadas dentro da caixa do córrego fez aparecer enormes represas que agora acumula o esgoto e aumenta a fedentina. Em outros casos, o maquinário abalou a estrutura do gabião – tela e pedra, que forma as paredes de proteção do córrego. Este efeito, já está colocando em risco as construções ali existentes, como é o caso do senhor Gilberto dos Santos.

O morador após registrar boletim de ocorrência, disse que nos fundos da sua casa, uma retroescavadeira afundou o Ribeirão ao ponto da estrutura de gabião se abater, formando uma enorme fenda na terra, nas proximidades do muro da sua casa. “Minha esposa passa noites sem dormir pensando no pior. Quando chove e o Ribeirão enche a preocupação aumenta. A fedentina, bem no rumo da minha casa piorou, devido à água parada”, relatou Gilberto, dizendo que não sabe a quem mais recorrer para solucionar a questão. "Nós estamos pagando pelo serviço de esgoto para sermos prejudicados por ele", criticou o morador.

NOTA

Atendendo solicitação do Jornal Bairros Net, a  Copasa informou que implantou redes coletoras de esgoto em toda a região do Ribeirão Timóteo. No entanto, a empresa identificou o lançamento irregular de esgoto na rede pluvial, que deságua no curso d’água. Para evitar esse tipo de ocorrência, a Companhia dará início ao programa caça-esgoto na cidade, com o objetivo de identificar e eliminar todos os lançamentos indevidos de esgoto em redes pluviais e em rios e córregos, direcionando-os corretamente para as redes coletoras da empresa.

Com relação aos resíduos lançados às margens do Ribeirão Timóteo, a Copasa esclarece que trata-se de um problema de drenagem pluvial, não sendo responsabilidade da empresa.