Em prestação de contas, saúde municipal relata 1,1 milhão de procedimentos no 1º quadrimestre

30.05.2017
IPATINGA - Técnicos da Prefeitura de Ipatinga apresentaram, na manhã desta terça-feira (30), em audiência pública realizada pela Câmara, o Relatório de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) referente ao 1º Quadrimestre de 2017. Prevista em lei, a prestação de contas, dirigida à Comissão de Saúde Pública, Trabalho e Bem-Estar Social e também à comunidade em geral, detalha toda a gestão financeira e orçamentária do Município relativa à saúde.

Nos quatro primeiros meses deste ano, a receita do Fundo Municipal da Saúde foi de R$ 83,8 milhões. Desse total, 51,5% foram repassados pela União, 39% pelo Município e 9,5% pelo Estado. O valor aplicado pela Prefeitura de Ipatinga, R$ 32,7 milhões, representa 24,7% do seu Orçamento, bem acima do mínimo legal de 15%.

Segundo os dados apresentados pelos técnicos da PMI, no 1º Quadrimestre de 2017 foram realizados 1,1 milhão de procedimentos pela rede pública de saúde. No mesmo período do ano passado, foram 578 mil. O resultado deste ano foi considerado um recorde, tendo em vista que nos últimos dez anos o maior número de procedimentos realizados havia sido registrado em 2009, cerca de 700 mil.

Conforme as informações prestadas pelo secretário municipal de Saúde, Ededwin Windsor Greffe da Cruz, muitos exames que eram feitos na rede particular passaram a ser realizados no Hospital Municipal e isso contribuiu para o aumento dos procedimentos realizados este ano. Para alguns desses exames, como raios x de tórax, videolaringoscopia, ultrassom e tomografia, havia uma longa fila de espera.

Foram citados como avanços feitos na área da saúde este ano, a redução de encaminhamentos de pacientes para outros municípios. Procedimentos que eram realizados em Belo Horizonte, ou estavam sem atendimento desde 2014, passaram a ser feitos em Ipatinga. Alguns deles são: teste de esforço, mapa, halter, polissonografia, densitometria óssea, eletroencefalograma, exame anatomopatológico do colo uterino e ecocardiográfica transtorácica.

Os profissionais da saúde também apresentaram alguns desafios que estão enfrentando. Na área da saúde bucal, 8 mil pessoas aguardam na fila para a colocação de dentadura e pontes móveis (roach). Na Assistência Farmacêutica, dívidas com fornecedores, deixadas pela administração anterior, foram apontadas como outra dificuldade a ser superada.

Aproximadamente 2,5 mil cirurgias eletivas estão pendentes no Serviço de Autorização Médica (SAM), mas devem ser feitas por meio de acordo com o Hospital Márcio Cunha. Os procedimentos serão encaminhados de acordo com ordem cronológica de entrada no SAM e prioridade de urgências, segundo os técnicos da prefeitura.

O vereador Wanderson Gandra, presidente da Comissão de Saúde Pública, manifestou sua confiança no trabalho do secretário Ededwin Windsor, que assumiu a pasta no dia 18 de maio. “Nós estamos aqui para dar todo o apoio que for preciso, porque nossa população clama por saúde. Estou à disposição, assim como a Comissão e todo o legislativo, pois estamos unidos para colaborar com o Executivo e com a equipe da saúde”, disse o parlamentar.


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