AUDIÊNCIA PÚBLICA: Dificuldades de produtores de eucalipto serão debatidas na Assembleia
As estatísticas indicam uma redução de pelo menos 30%, no plantio de florestas em Minas Gerais, comparando-se os números de 2015 e 2014. O debate envolverá pequenos, médios e grandes produtores, além de representantes de associações, sindicatos, faculdades e governo do Estado.
Deputada Rosângela Reis é a autora do pedido para a Audiência Pública. |
09.06.2017
BELO
HORIZONTE - A situação dos produtores de eucalipto em Minas Gerais diante da
recessão econômica será o tema central de uma audiência pública na próxima
terça-feira (13), às 9h30, no Plenarinho II, na Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. O encontro é fruto de um requerimento da
deputada estadual Rosângela Reis (PROS), por meio da Comissão de Participação
Popular da ALMG. O evento pretende reunir pequenos, médios e grandes
produtores, além de representantes de associações, sindicatos, faculdades, do
governo do Estado e entidades ligadas ao setor para debater toda a cadeia
produtiva do eucalipto, preços, logística e também as dificuldades da
atividade.
Segundo a deputada Rosângela Reis, diante da crise na economia
vivenciada nos últimos anos, muitos produtores amargaram prejuízos com a venda
de eucalipto para a indústria, sem a possibilidade de ajustarem a produção
devido ao tempo necessário entre o plantio e colheita dessa espécie. “Por isso,
solicitamos essa audiência para debater esse problema. Minas Gerais é o
principal produtor de eucalipto no Brasil e precisamos achar uma alternativa
para toda a cadeia produtiva”, afirmou.
As estatísticas indicam uma redução de pelo menos 30%, no
plantio de florestas em Minas Gerais, comparando-se os números de 2015 e 2014.
Com a diminuição das demandas por ferro-gusa, carvão e ferro-liga, a siderurgia
entrou em retração, afetando o plantio de florestas destinado a esta cadeia
produtiva.
Diversas entidades ligadas ao setor já confirmaram presença na
audiência, como a Associação Mineira de Silvicultura (AMS), representantes da
indústria moveleira, carvão, de papel e celulose, o Sindicato da Indústria do
Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer), a Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais (FIEMG), da Secretaria de Estado de Agricultura de Minas
Gerais, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Segundo o IBGE, Minas Gerais é o estado com maior área plantada
de eucalipto no Brasil, com 1,7 milhão de hectares. Segundo a Secretaria de
Estado de Agricultura de Minas Gerais, as plantações florestais estão presentes
em 300 municípios mineiros e ocupam 2,1% da área do Estado, respondendo sozinho
por 23% da produção nacional, para atender a produção de carvão vegetal,
celulose, lenha e móveis.
Conforme dados da AMS, a cadeia produtiva florestal emprega, em
Minas, 731 mil pessoas e representa hoje 7% do PIB estadual, agregando R$3,8
bilhões em exportações. O Estado conta com 60 indústrias de ferro-gusa, 4
siderúrgicas integradas, 8 empresas de ferro-ligas, 30 empresas de madeira
imunizada, 7,3 mil pequenas empresas de móveis e centenas de serrarias. Mesmo
com a maior área de florestas plantadas do país, o Estado ainda conta com um
deficit de 50% de madeira para atender suas necessidades, principalmente para a
produção de carvão e celulose.
AUDIÊNCIA PÚBLICA: Dificuldades de produtores de eucalipto serão debatidas na Assembleia
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